Deputado Bertaiolli faz moção de repúdio ao JK Iguatemi e convida crianças para visitarem o Mogi Shopping

A pedido do parlamentar, Mogi Shopping vai receber os estudantes de Guaratinguetá para uma sessão de cinema

A pedido do deputado federal Marco Bertaiolli, os 120 alunos de Guaratinguetá que foram impedidos de entrar no Shopping JK Iguatemi, na capital paulista, para visitar a Exposição Mickey 90 Anos, foram convidados para conhecer o Mogi Shopping, em Mogi das Cruzes, e assistir uma sessão de cinema, em uma das salas do Cinemark, com direito a um lanche na praça de alimentação. “O que ocorreu com estas crianças é um ato que precisa ser repudiado por toda a sociedade. Expor alunos e professores a tamanho constrangimento, é um absurdo”, destacou Bertaiolli, que também apresentou, no Congresso Nacional, uma moção de repúdio ao JK Iguatemi.

Bertaiolli, que é membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família, no Congresso Nacional, destacou que não se pode tolerar qualquer ato de preconceito ou de descriminação. “Infelizmente, o preconceito e a discriminação estão presentes na nossa sociedade em diversas formas”, afirma o parlamentar, citando a Constituição Federal, que condena qualquer ato de discriminação e também o Estatuto do Menor e do Adolescente, uma vez que o episódio envolveu crianças de 6 a 10 anos.

“As pessoas e os estabelecimentos comerciais têm que responder legalmente pelas atitudes e decisões que tomam, mas, muito mais que isso, não é possível imaginar que alguém ainda possa viver sob qualquer tipo de preconceito, seja social, racial ou de gênero”, salienta Bertaiolli. Assim que viu a notícia, o deputado entrou em contato com a Secretaria de Educação de Guaratinguetá e também com a direção do Mogi Shopping.

GANHARAM INGRESSOS

Segundo a secretária de Educação de Guaratinguetá, Elisabeth Regina Arneiro Nogueira Sampaio, eles ganharam 120 ingressos para visitar a Exposição Mickey 90 Anos, realizada por uma ONG, no Shopping JK Iguatemi. A escolha foi pelos alunos da zona rural para a excursão, porque elas nunca haviam ido em uma exposição na capital e não conheciam um shopping de São Paulo. Fizeram uma “vaquinha” para que as crianças pudessem comer na praça de alimentação.

No entanto, ao chegarem ao centro de compras, os professores foram informados que as crianças não poderiam entrar, porque a exposição não estava aberta ainda. As professoras informaram, então, que eles iriam primeiro comer e depois visitar o evento. Ainda assim, a funcionária informou que não havia espaço para eles, que o shopping estava lotado e que era melhor que todos fossem “para um parque em frente, onde havia uma lanchonete simples, porque aquele local era um lugar de elite”.

“As professoras, com toda razão, se sentiram ofendidas, discriminadas, e entraram em contato com a Prefeitura de Guaratinguetá, que falou com os organizadores da exposição e com a administração do shopping. Somente depois de 40 minutos é que as crianças conseguiram entrar”, contou Bertaiolli. Os estudantes acompanharam toda a conversa.

MOGI SHOPPING

Além da moção de repúdio, que foi apresentada nesta quinta-feira (21/03) e deverá ser votada na sessão da Câmara dos Deputados de quarta-feira (27/03), Bertaiolli também entrou em contato com a direção do Mogi Shopping, que prontamente se colocou à disposição para receber as crianças e os professores. “Tenho certeza de que todos passarão um dia de muita festa e alegria”, afirmou.

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